terça-feira, 11 de outubro de 2011

História da Tipografia




Assim como as roupas são reflexos de tendências e comportamentos de uma época, podemos dizer que a tipografia, desde a invenção da escrita cuneiforme pelos sumérios em 3150 a.C até a impressão de tipos móveis por Gutenberg em 1450, sempre acompanhou a urgência do homem como meio de diferentes expressões culturais e implementou as trocas comerciais. Como exemplo, pode-se afirmar que, a partir da Revolução Industrial, a tipografia passou a ter um foco mais comercial, que foi fundamental para o desenvolvimento da propaganda. Além disso, ao aliar estética e espírito crítico teve influência decisiva em movimentos artísticos como o Dadaísmo, Futurismo, Construtivismo e a Bauhaus. A partir da década de 70, com o advento do computador, iniciou-se outra revolução considerada chave para entender a sociedade de informação em que vivemos hoje: o processamento de informações por bits e o desenvolvimento do Desktop Publishing , inovações estas que são a base da tipologia digital da atualidade. 

2.Elementos da tipologia

Os elementos tipográficos podem ser divididos em:
- Linha de Base (baseline)
- Linha Central (meanline ou midline)
- Ascendente (ascender)
- Descendente (descender)
- Letra Caixa Alta (upper-case)
- Letra Caixa-baixa (lower-case)
- Altura de x (x-height)
- Cabeça ou Ápice (apex)
- Serifa (serif)
- Barriga ou Pança (bowl)
- Haste ou Fuste (stem)
- Montante ou Trave (diagonal stroke)
- Base ou Pé (foot)
- Barra (bar)
- Bojo (counter) 

3. Tipo metálico

O tipo metálico pode ser dividido nas seguintes partes:
- Olho
- Corpo
- Espessura
- Rebaixo do olho
- Guia
- Ponte ou Costela
- Cabeça
- Altura
- Ombro
- Alinhamento

4. Classificação dos tipos

A tendência tipológica é sempre a simplificação, buscando a maior legibilidade. O coerente espacejamento óptico também é muito importante para um visual agradável dos textos. Baseados em estudos feitos por Francis Thibedeau, em meados do século XVIII, na França, foi estabelecido as principais família de letras de imprensa. São elas:
- Romana antiga
Criada pelos franceses no século XVIII, inspirada na escrita monumental romana, proporciona ao leitor um inconsciente descanso visual, alcançando o maior grau de visibilidade de todas as famílias.
- Romana moderna
Criada pelos italianos no século XVIII, apresenta uma evolução dos romanos clássicos, Esteticamente agradáveis, trouxeram sensível melhora na legibilidade das letras.
- Egípcia ou Serifa Grossa
Criada com o advento da revolução industrial, no século XVIII, tem como característica estrutural uma certa uniformidade nas hastes e serifas retangulares.
- Lapidária ou Sem Serifa
Criada na Alemanha no século XIX, possui caracteres com poucas variações em suas hastes, cujos arremates não possuem serifas. Indicada para a confecção de hastes e embalagens, mas desaconselhável para textos longos.
- Cursiva
São as letras que não se encaixam em nenhuma das famílias já vistas. Elas têm hastes e serifas livres, o que as tornam as mais ilegíveis de todas, limitando seu uso a destaques, com número limitado de toques. 

5. Medidas tipográficas

Há dois sistemas básicos de medidas tipográficas utilizados no Brasil : o Didot e o anglo-americano.
O sistema Didot tem como unidades básicas o cícero e o ponto. Um cícero equivale a 12 pontos, que medem cerca de 4,512 milímetros. O sistema anglo-americano tem como sistemas a paica e o ponto. Uma paica equivale a 11,33 pontos do sistema Didot.
O sistema anglo-americano é muito utilizado nas máquinas de fotocomposição deorigem americana e o Didot usado na composição em linotipo. 

6. Espaçamento entre palavras

É feito mecanicamente, inserindo-se peças de metal entre as palavras, chamadas de espaços ou quadratins. Os espaços são mais baixos que a superfície impressora dos tipos, não entrando em contato direto com o papel e, portanto, não imprimindo. O quadratim está relacionados com o tamanho da letra M, que é o quadrado do corpo. Um espaçamento normal entre palavras tem1/3 do quadratim. 

7. Espaçamento entre letras

É feito com materiais muito finos. A maioria das fontes tem espaços de 1 ponto (feitos de bronze), que podem ser utilizados isoladamente ou em grupos. Há ainda espaços feitos de papel.
Em computação gráfica, pode se dar pelo tracking - espaçamento normal, entre as letras; ou pelo kerning - espaçamento entre combinações de letras, geralmente entre o i (a letra mais fina) e o M ( a mais grossa). 

8. Entrelinhamento (leading) 

Para variar o espaço entre as linhas colocam-se placas de metal de diferentes espessuras entre elas. As placas de metal - as entrelinhas -são medidas em pontos. As mais comuns têm de 1 a 4 pontos. As entrelinhas com 6pontos ou mais são chamadas lingotes e têm 6, 12, 24 e 36 pontos. As entrelinhase lingotes também são mais baixos que os tipos, não sendo imprimidos. Acomposição feita sem entrelinhamento é chamada composição cerrada ou cheia. 

9. Alinhamento

Há cinco maneiras básicas de organizar as linhas de composição em uma página :
1) Justificada : todas as linhas têm o mesmo comprimento e são alinhadas tanto à esquerda quanto à direita.
2) Não-justificada à direita : as linhas têm diferentes comprimentos e são todas alinhadas à esquerda e irregulares à direita.
3) Não-justificada à esquerda : as linhas têm diferentes comprimentos e são alinhadas à direita e irregulares à esquerda.
4) Centralizada : as linhas têm tamanho desigual, com ambos os lados irregulares.
5) Assimétrica : um arranjo sem padrão previsível na colocação das linhas. 

10. Legibilidade

Vários fatores influenciam na legibilidade de um determinado tipo, e desta forma em todo o texto.
-Espaçamento entre as letras e seus contornos internos (determinam a densidade de um tipo e da composição resultante).
- Contraste dos traços e suas formas
Todas essas características são fundamentais na escolha de uma certa fonte, isto é, o conjunto de tipos alfanuméricos com traços comuns em seus desenhos.
Há vários formatos comuns de tipo, e a principal classificação feita é pelo modelo de serifas usadas nas fontes. De maneira geral, as serifas, que são as curvas ou traços colocados nas extremidades de um caractere, facilitam a leitura, pois fazem o texto parecer contínuo aos olhos. Os tipos romanos, transformados em metal no século 14 por Adolph Rush e aperfeiçoados pelo francês Nicolas Jenson, caracterizam-se pelas serifas arredondadas e traços de espessuras diferentes. De leitura fácil, mesmo em corpos (ou tamanhos) pequenos- mas com relativamente baixo impacto visual - , tornaram-se um padrão tão forte desde sua invenção que hoje são dispensados apenas quando se pretende chamar a atenção em títulos, rótulos e congêneres. Os tipos egípcios, caracterizados pelas serifas quadradas, apresentam traços uniformes e, comumente, são monoespaçados. Um exemplo de fonte com essas características é a conhecida Courier, e também vários tipos usados em máquinas de escrever, como Delegate. Outro formato comum de tipos é o sem serifa, ou os tipos bastão, com traços também uniformes e, normalmente, retos e com espaços e tamanhos variáveis entre as letras. Um exemplo comum é a fonte Arial, e algumas variações como Helvetica.
Apresentam bom impacto visual, mas a leitura em corpos pequenos e caixa baixa pode ser prejudicada. São tipos adequados para títulos e placas, onde a composição é feita com corpos maiores e a leitura rápida é desejada.
As letras script, ou cursivas, imitam as letras manuscritas e podem ter vários formatos e formas - assim, a definição desses tipos é a mais genérica. As serifas são naturais e emendam as letras, umas nas outras, e os traços são bem contrastantes e diferentes. Podem formar belos efeitos visuais em decorações, mas é preciso usar corpos um pouco maiores para facilitar a leitura. Não são fontes que podem ser usadas em grandes blocos de texto, como esse, pois o efeito não é exatamente agradável. Existem ainda os tipos mistos, com desenho artístico, que podem ser usados apenas em mensagens rápidas, marcas, títulos e similares. Têm várias formas diferentes, e misturam características de outros tipos, com traços e pesos indefiníveis.
Outros critérios que influenciam na classificação e na escolha dos tipos para uma determinada composição são:
- a força dos traços e a posição
- inclinação das letras (redondo, negrito, fraco, itálico)
- largura dos caracteres (expandido, condensado, normal, estreito).
Fatores externos aos tipos em si também devem ser levados em conta na escolha das fontes, como a cor dos caracteres, a cor do papel ou do fundo - o que pode exigir tipos mais fortes ou com maior corpo -, e o tipo de impressão ou de suporte utilizado, que pode impedir o uso de corpos menores ou com traços fortes e próximos. 

11. Combinando tipos

Deve-se Ter em mente um princípio básico de design gráfico: não há certo e errado. O importante é comunicar - o que seu cliente quer. Alguns pontos devem ser evitados:
1. Não use mais de uma fonte do mesmo estilo (moderno, antigo, etc): Isso causa, ao leitor, a sensação de que o diagramador errou, porque ele vê a diferença mais não sabe onde a localizar.
2. Use e abuse de contraste:
O contraste pode se procesar pela diferença de tamanho, de cor, e de estilo de tipos. Por exemplo, você pode combinar uma fonte sem serifa com uma estilo antigo - serifada. Isso porque elas tem sua formação, seu design, contrastantes, e vão causar uma tensão visual - o que é positivo, porque posiciona o olho do leitor ao local desejado. 

12. O design

O maior de todos os objetivos do designer é o bom senso. Ele precisa comunicar algo a alguém, e tem que chamar a atenção. Sem prejuízo à visão. O nosso olho capta a letra de cima para baixo, então é bom Ter em mente que ao se trabalhar com tipos desconstruídos, tenha a parte superior conservada intacta, e com serifa, que facilita a leitura.
Alguns passos São abordados na construção de uma página:
1. Contraste - seja completamente antagônico. Se for para contrastar, contraste. Não tenha medo de ousar. Caso contrário, você incorrerá no erro de parecer que se equivocou, e trocou de fonte sem querer.
2. Repetição - é o que cria uma identidade visual com o leitor, estabelecendo uma hierarquia.
3. Alinhamento - evite centralizar (porque é muito formal); e justificar (cria os rios ( vire o texto de cabeça para baixo, e veja o grande espaço entre palavras e letras e, de repente, um grande amontoado.
4. Proximidade - coloque temas parecidos, e que tenham haver, no mesmo bloco da página.
Seguindo essas regras, você deu os primeiros passos no design gráfico. Mas não se esqueça da lição que David Carson nos dá, sobre o desconstrutivismo - a ausência de espaço negativo ( o fundo da letra, da página, onde não há imagem/tipo): ouse. Estabeleça critérios, e os siga. Mas dentro de uma ordem. Você pode comunicar sem legibilidade, com textura de letras. Mas precisa de um porquê. Boa sorte! E leia. Leia sempre, para aperfeiçoar conhecimentos! 


Alguns sites sobre tipografia: 

- www.adobe.com
- www.fontsite.com
- www.will-harris.com/type.htm


Texto: Fabrício Rocha, João Carlos Amador Júnior, Larissa Jansen e Rafael

tipografia : definição



Existem várias formas de dizer o que é a tipografia. A maioria das pessoas identificaria a tipografia como um local onde se fazem impressões, nomeadamente de recibos, papéis de carta e envelopes, coisas relacionadas com as papelarias dos ofícios administrativos. Identificar as disciplinas, conceitos ou ismos em virtude do produto que delas resulta é, muitas vezes e erradamente, um procedimento normal para quem não sabe ao certo o que se está a perguntar.

Mas afinal o que é a tipografia?
Segundo o ‘Collins Concise Dictionnary’ (1999), tipografia é:

1. uma arte, um ofício ou processo de compôr texto e imprimir por meio de tipos;

2. o planeamento, selecção e composição de tipos para efectuar um trabalho impresso.

Fazendo uma adaptação à letra do latim, tipografia é a escrita com tipos. Um tipo é um molde, um pequeno pedaço de uma liga de chumbo e antimónio que contém na sua face, e em relevo, a forma ‘espelhada’ de uma letra (mas também sinais de pontuação e outros símbolos tipográficos), para que quando tintada e pressionada contra o papel resulte numa letra escrita ou impressa. Estes tipos são cada um dos caracteres tipográficos que constituem uma matriz de impressão.
Este processo remonta à época de Gutenberg, perto do ano 1450, onde alegadamente se terá impresso pela primeira vez com caracteres móveis†. As letras de Gutenberg não eram mais do que formas extrudidas e escavadas, inspiradas na caligrafia dos monges copistas. Com elas organizou as matrizes de impressão que levaria à impressão das páginas da Bíblia. Iniciava-se assim o processo de impressão em massa: um processo muito mais rápido e que evitava os erros humanos.
Com o desenvolvimento desta técnica, a tipografia começava então a definir-se como a gestão das letras, que implicitamente expressa composição, ordenação, processo e o tipógrafo é alguém que possui a capacidade organizacional para a dominar e respeitar.
A função primordial da tipografia é a comunicação da linguagem verbal. É através do verbo que descrevemos sentimentos, pensamentos e os comunicamos a outros que partilham dos mesmos códigos linguísticos, e a nós próprios. Enquanto esses códigos se mantiverem, o conteúdo escrito será perpetuado. Desta foram, a tipografia assume um papel de "formalizar e imortalizar a memória", e todas as ciências humanas se baseiam nesta premissa. No entanto, as descobertas evoluem e competem entre si e é necessária a clareza e a fidelidade das ideias e dos discursos. Quando não é possível a presença do autor para nos falar directamente, precisamos de um meio para que sua razão chegue a nós, inalterada, crua. Assim, ao tipógrafo é atribuída a responsabilidade de respeitar e organizar o discurso sob forma de texto, por forma a que os conteúdos sejam respeitados e sem o seu sentido alterado.
Se pensarmos que todos os livros que lemos são ‘criados’ por tipógrafos, chegamos a outra definição de tipografia: o motor da aprendizagem. A tipografia enquanto meio de transmissão de cultura e conhecimento. Com isto estamos a enaltecer a literacia. Todos nós aprendemos através de livros que alguém escreveu, baseado no que leu, que alguém escreveu. O casa do conhecimento é construída por tijolos livrescos que sobrepostos, conjugados, constróem o edifício que a ambição e sede humanas tentam desenhar, mas não sabe ainda a sua forma. Todos os dias surgem novas peças com as quais se vai construindo.
A propósito de formas, todas as letras são formas, contraformas, símbolos gráficos cujo antepassado, iconográfico ou não, constrói uma sequência de signos, símbolos e sinais que estabelecem uma lógica que, uma vez aprendida, forma uma multiplicidade de possibilidades‡. As letras são também a transposição do som para um código gráfico visual. Com elas construímos fonemas e palavras. Com as palavras construímos frases, e com frases textos. Este papel da tipografia faz com que esta seja qualificada como uma arquitectura de ideias e construção da linguagem, revelando o papel da tipografia na construção de narrativas, criando espaços intelectuais por onde o leitor deambula.
A linguagem escrita possui regras para articular um discurso, dando-lhe ritmo e pausa, demonstrando atitudes, fazendo o leitor imaginar uma conversa ou um monólogo. Existe todavia uma componente da tipografia que mede e provoca a atenção do leitor, dando-lhe pistas visuais que o atraem para a leitura, mas que também o podem afastar: o desenho da letra (typeface) e a composição. Há quem defenda que o desenho da letra, em conjunto com a composição, atribui uma personalidade ao texto. Esta ferramenta permite que visualmente exista (ou deva existir) uma expressão visual do seu conteúdo, pelo que a escolha do desenho de letra é uma tarefa de grande responsabilidade. Esta opção trará consequências no peso visual e na atribuição de sentido por parte do leitor ainda que este, para que possa atribuir uma determinada ‘qualidade’ ao discurso, deve estar dotado de algumas referências culturais e estéticas que lhe permitam contextualizar as formas que lhe deram origem. A typeface designer Zuzana Licko diria que um typeface é uma manifestação ornamental do alfabeto. Se o alfabeto canaliza palavras, um typeface canaliza o tom, estilo e atitude. Correntemente, referimo-nos ao typeface como um tipo de letra ou, na versão de matriz digital, uma fonte (todos nós já experimentámos formatar o texto no Word com várias fontes).
No desenho das letras está explícito, ou implícito o contexto do seu desenho. Refiro-me à cultura que a circundava, as ideias revolucionárias que a levaram a assumir a sua personalidade, as formas que os artistas acreditavam ser mais expressivas, a música mais emotiva. Elas revelam toda a história, toda a fonte de onde beberam os seus ritmos, como sobreviveram no seu papel. Elas são simultaneamente a História e o seu testemunho. Alguns desenhos de letra são imortais por isso mesmo: pela matéria que as suporta e pela humanidade que delas emanam, que têm o poder de nos causar arrepios, de nos fazer rir ou chorar. O seu desenho é importante por isso mesmo, porque possui uma dignidade própria e é essa dignidade que respeita o seu conteúdo. Sob esta óptica, a tipografia pinta com palavras. É uma arte expressiva na qual o conteúdo emotivo é reflectido no manuseamento das formas das palavras, das letras; personificar os poemas de Cesário Verde: fazer com que olhando apenas, sem ler, se consiga perceber o que os poemas revelam.
Todos nós imaginamos as imagens daquilo que lemos e nos contam e é esse um dos atributos mais humanos que possuímos. Já uma vez se disse que uma imagem vale mil palavras, mas as imagens são facilmente manipuláveis e muitas vezes, sem um contexto, são gratuitas e sem sentido. Um designer tipográfico começa da palavra para cima, um designer gráfico começa da imagem para baixo. Esta afirmação de Erik Spiekermann apela à introspecção, à reflexão e ao imaginário. O objectivo é criar uma cumplicidade entre o leitor e o texto, fazê-lo reflectir sobre o que lê, com o auxílio das pistas visuais que lhe enfatizam a atitude. As imagens, escolhidas pelo designer ou imaginadas por aquele que lê devem estar de tal forma ligadas às palavras, que uma sem a outra é como um ‘i’ que não tem ponto. Ainda que hoje sejamos bombardeados com cores e imagens gritantes e intrusivas, as letras prevalecerão, seja qual for o suporte.
Ainda que a cultura altere os códigos linguísticos, e o símbolo de ‘a’ deixa de ser desenhado dessa forma ou deixa de representar esse som, as letras não deixarão de existir. Riscadas no barro, esculpidas na pedra e na madeira, molhadas nos papiros, dançando com os pincéis, as plumas, fundidas no chumbo, tintadas, carimbadas, picadas, sopradas, as letras e as palavras têm um poder imenso que pode ser usado em todos os sentidos e para todos os destinos.

A tipografia é, assim, a testemunha, a personalidade,o sussurro e o grito.

† Na realidade, os caracteres móveis terão sido inventados por Bí Sheng em 1040, mas devido às grandes diferenças culturais, nomeadamente ao nível linguagem escrita com formas de expressão caligráfica, e os próprios ideogramas que ascendem a um nº superior a 44.000, este processo de impressão não teve desenvolvimento.

‡ O alfabeto que hoje conhecemos, e os próprios dígitos ou números, resultam da fusão de culturas. Os romanos esculpiam nas suas colunas as letras que hoje conhecemos por maiúsculas, Carlos Magno ordenou que se escrevessem as suas leis com letras minúsculas que identificassem a sua palavra, e os dígitos de 0 a 9 foram um legado dos mouros.



Bibliografia: "Elements of Typographic Style", Robert Bringhurst; "Type and Typography", Phil Baines & Andrew Haslam; "Stop stealing sheep and find out how type works", Erik Spiekermann, entre outros.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O que é Rotogravura?

A Rotogragura é um método de impressão em cilindro, formando depressões. Durante a impressão, estas depressões também chamadas de células, são preenchidas com tintas leves, em forma de pasta, de baixa viscosidade, que são transferidas ao material a ser impresso por pressão de contato.
As depressões podem ser criadas, ao gravar com água-forte, gravação mecânica, por agulha de diamante ou laser. Devido ao alto custo do meio de impressão, a rotogravura é financeiramente viável para impressões de materiais de circulação em massa como panfletos, revistas, filmes decorativos, para a indústria moveleira e papel de parede.
O Processo de Rotogravura

Trata-se de um processo de impressão directa, cujo nome deriva da forma cilíndrica e do princípio rotativo das impressoras utilizadas.


Enquadramento histórico

‡A 1ª máquina com uma matriz em baixo relevo, foi patenteada em 1784 por Thomas Bell. No entanto o projecto só avançou em 1860, e deve-se a Karl Klic, que é considerado o pai da rotogravura.


Características do Processo


Quanto à matriz:


- Grande durabilidade
- Geometricamente cilíndrica
- Metálica em baixo relevo
- Possibilidade de imagens contínuas

Quanto a tinta:


- Líquida
- Secagem por evaporação dos solventes
- Secagem logo após a impressão

Quanto ao suporte:


- Lisos - Semi-rígidos
- Macios

Quanto ao sistema de impressão:


- Direto
- Alta velocidade
- Possibilidade de frente e verso
- Possibilidade de acoplar corte e vinco ao sistema de saída
- Imprime todas as cores numa única entrada de máquina

Quanto à viabilidade comercial:


- Caro ou não dependendo da natureza dos trabalhos
- Obriga a uma análise atenta das características do trabalho a executar

Mercados alvo ‡


Embalagem:
- Flexível ex.:celofane, plásticos (polipropileno, nylon polietileno, poliéster, etc), alumínio
- Alta velocidade
- PSemi-rígida ex.: caixas para detergentes em pó

Editorial:
Revistas e jornais (Brasil e E.U.A.)

Diversos :
- Papel de valor
- Papel para decoração
- Papel de embrulho decorado
- Suportes para transferência em aglomerados de madeira e cerâmica

Alta tiragens:
‡A matriz resiste até 10 milhões de cópias, contra 1 milhão no Offset

Impressão sobre substratos impermeáveis:

Plásticos ou alumínio exigem uma tinta de secagem imediata, após a impressão de cada cor, que contenha solventes altamente voláteis

Alta qualidade:

‡A exigência do mercado obrigou este sistema a evoluir em qualidade e técnica

Impressão em contínuo:

‡Permite imprimir layouts que não podem ter interrupções no padrão ou desenho

Papel de valor:

-‡ Faz parte do processo de impressão, imprimindo certos detalhes que evitam a falsificação
- ‡Papel para decoração e de embrulho ‡Permite a impressão em contínuo. (só os papéis de embrulho de alta qualidade são impressos em rotogravura


Equipamentos de impressão:

Embalagem:

-‡ Entrada: Bobina
- ‡Saída: Bobinas, folhas, sacos
- ‡Corpos impressores: 4 ou mais
- Boca: até 1,2 m


Diversos:

-‡ Entrada: Bobina
- Bobina Saída: Cadernos
- Boca: até 2,5 m
- ‡Boca:
- Corpos impressores: múltiplos de 4 ou 5


Características da matriz:

- Entrada: Bobina
- Bobina Saída: Bobina e folhas
- Boca: até 1 m
- ‡Boca:
- Corpos impressores: 4 ou mais


Características da matriz:

- ‡A matriz cilíndrica oca ou maciça ‡Corpo em ferro, revestido de níquel, cobre e crómio

Execução da matriz ‡:
‡Electrodeposição:

-‡ ‡Niquelagem ‡Permite que o cobre se fixe, uma vez que não adere directamente ao ferro. 10 a 30 microns .
- ‡Cobre Base ‡Determina as dimensões finais do cilindro para posterior

‡Electrodeposição:

-‡ ‡Tem como fim a regularização da face do cilindro uma vez que há maior depósito de cobre nas extremidades.


- ‡Cobre camisa: Serve de suporte à gravação e é aplicada sobre uma camada de nitrato de prata ou sulfato de níquel para permitir a sua remoção rápida e o reaproveitamento do cilindro. 80 a 150 microns.

‡Gravação:

- Tem a finalidade de deixar a superfície do cilindro pronta para receber a gravação


‡Gravação:

-‡ ‡Consiste na transposição para a camisa de cobre do layout a imprimir, com: ‡estiletes diamantados ‡laser ‡processo químico



Cromagem:

-‡ ‡Feita depois da gravação, é necessária para aumentar a sua durabilidade protegendo-a do atrito. 4 a 7 microns.

domingo, 9 de outubro de 2011

Tipografia

Vamos falar um pouco de tipográfia. A tipografia (do grego typos - "forma" - e graphein - "escrita") é a arte e o processo de criação na composição um texto, fisicamente ou digitalmente. Assim como no design gráfico em geral, o objetivo principal da tipografia é dar ordem estrutural e forma à comunicação impressa.


A tipografia (do grego typos - "forma" - e graphein - "escrita") é a arte e o processo de criação na composição um texto, fisicamente ou digitalmente. Assim como no design gráfico em geral, o objetivo principal da tipografia é dar ordem estrutural e forma à comunicação impressa.

Na grande maioria dos casos, uma composição tipográfica deve ser especialmente legível e visualmente envolvente, sem desconsiderar o contexto em que é lido e os objetivos da sua publicação. Em trabalhos de design gráfico experimental (ou de vanguarda) os objetivos formais extrapolam a funcionalidade do texto, portanto questões como legibilidade, nesses
casos, podem acabar sendo relativas.

No uso da tipografia o interesse visual é realizado através da escolha adequada de fontes tipográficas, composição (ou layout) de texto, sensibilidade para o tom do texto e a relação entre texto e os elementos gráficos na página. Todos esses fatores são combinados para que o layout final uma tenha uma “atmosfera” ou “ressonância” apropriada ao conteúdo
abordado. No caso da mídia impressa, designers gráficos (ou seja, os tipógrafos) costumam se preocupar com a escolha do papel adequado, da tinta e dos métodos de impressão.

Por muito tempo o trabalho com a tipografia, como atividade projetual e industrial gráfica, era limitado aos tipógrafos (técnicos ou designers especializados), mas com o advento da computação gráfica a tipografia ficou disponível para designers gráficos em geral e leigos. Hoje qualquer um pode escolher uma fonte (tipo de letra) e compor um texto simples em um processador de texto. Mas essa democratização tem um preço, pois a falta de conhecimento e formação adequada criou uma proliferação de textos mal diagramados e fontes tipográficas mal desenhadas. Talvez os melhores exemplos desse fenômeno possam ser encontrados na internet.

O conhecimento adequado do uso da tipografia é essencial aos designers que trabalham com diagramação, ou seja, na relação de texto e imagem. Logo a tipografia é um dos pilares do design gráfico e uma matéria necessária aos cursos de design. Para o designer que se especializa nessa área, a tipografia costuma se revelar um dos aspectos mais complexos e
sofisticados do design gráfico.

Anatomia do tipo




sábado, 8 de outubro de 2011

Curiosidades: O que é a Tipografia?

A tipografia (do grego typos — “forma” — e graphein — “escrita”) é a arte e o processo de criação na composição de um texto, física ou digitalmente. Assim como no design gráfico em geral, o objectivo principal da tipografia é dar ordem estrutural e forma à comunicação impressa. Tipografia também é um termo usado para a gráfica que usa uma prensa de tipos móveis.

Na grande maioria dos casos, uma composição tipográfica deve ser especialmente legível e visualmente envolvente, sem desconsiderar o contexto em que é lido e os objectivos da sua publicação. Em trabalhos de design gráfico experimental (ou de vanguarda) os objectivos formais extrapolam a funcionalidade do texto, portanto questões como legibilidade, nesses casos, podem acabar sendo relativas.
No uso da tipografia o interesse visual é realizado através da escolha adequada de fontes tipográficas, composição (ou layout) de texto, a sensibilidade para o tom do texto e a relação entre texto e os elementos gráficos na página. Todos esses factores são combinados para que o layout final tenha uma “atmosfera” ou “ressonância” apropriada ao conteúdo abordado. No caso da media impressa, designers gráficos (ou seja, os tipógrafos) costumam-se preocupar com a escolha do papel adequado, da tinta e dos métodos de impressão.
Por muito tempo o trabalho com a tipografia, como actividade projectual e industrial gráfica, era limitado aos tipógrafos (técnicos ou designers especializados), mas com o advento da computação gráfica a tipografia ficou disponível para designers gráficos em geral e leigos. Hoje qualquer um pode escolher uma fonte (tipo de letra) e compor um texto simples num processador de texto. Mas essa democratização tem um preço, pois a falta de conhecimento e formação adequada criou uma proliferação de textos mal diagramados e fontes tipográficas mal desenhadas. Talvez os melhores exemplos desse fenómeno possam ser encontrados na Internet.
O conhecimento adequado do uso da tipografia é essencial aos designers que trabalham com diagramação, ou seja, na relação de texto e imagem. Logo a tipografia é um dos pilares do design gráfico e uma matéria necessária aos cursos de design. Para o designer que se especializa nessa área, a tipografia costuma se revelar um dos aspectos mais complexos e sofisticados do design gráfico.
Texto em itálico texto a negrito==Invenção da imprensa== A tipografia clássica baseia-se em pequenas peças de madeira ou metal com relevos de letras e símbolos — os tipos móveis. Tipos rudimentares foram inventados inicialmente pelos chineses. Mas, no século XV, foram redescobertos, por Johann Gutenberg, com a invenção da prensa tipográfica. A diferença entre os tipos chineses e os de Gutenberg é que os primeiros não eram reutilizáveis. A reutilização dos mesmos tipos para compor diferentes textos mostrou-se eficaz e é utilizada até aos dias de hoje, constituindo a base da imprensa durante muitos séculos. Essa revolução que deu início à comunicação em massa, foi cunhada pelo teórico Marshall McLuhan como o início do “homem tipográfico”.
Mesmo com o advento dos computadores e da edição electrónica de texto, a tipografia permanece viva nas formatações, estilos e grafias, assim nos dita as palavras da Wikipédia.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Impressão Offset - Sistema de impressão Planográfico

Impressão Offset - Sistema de impressão Planográfico
http://www.fernandocaparroz.hpg.ig.com.br/offset/impressaooffsetoficial.htm

A Impressão Offset originou-se da evolução do sistema de impressão Litográfica, que foi "inventada" por Alois Senefelder no ano de 1798, na cidade de Munique na Alemanha.

O termo Litografia origina-se do grego, onde:

Litos = pedra
Grafe = escrever.

No processo "usava-se" uma pedra porosa, onde as letras ou figuras eram marcadas a lápis ou pincel,
aplicava-se graxa ou óleo de linhaça sobre as imagens e depois umedecia-se a pedra.
A água aderia-se às partes não cobertas pela graxa e óleo, protegendo essas partes de modo a impedir que a tinta se espalhasse por toda a pedra quando aplicada.
Em seguida colocava-se folhas de papel sobre a pedra decalcando a imagem (impressão direta) .
Isso é possível porque a área de imagem (grafismo) é Lipófila e a área sem imagem (contra-grafismo) é Hidrófila.


- Hidrofilia: afinidade que certos materiais tem com a água.
- Lipofilia: afinidade que certos materiais tem com corpos gordurosos.
 

Evolução do Processo Litográfico

Mais tarde, esse processo de impressão foi aperfeiçoado e foram inventadas máquinas cada vez mais rápidas.

O último aperfeiçoamento da impressão Litográfica foi o uso da matriz de zinco ao invés da pedra.
Hoje em dia esse processo de impressão esta deixando de ser usado, devido as facilidades da Impressão Offset, que é muito mais rápida e oferece melhor qualidade aos trabalhos.
Impressão Offset

A impressão offset é a impressão litográfica aperfeiçoada e automatizada, porém a um fator diferenciado e importante: a impressão offset é indireta.
Na impressão litográfica, o papel recebe a imagem diretamente da pedra ou da chapa de zinco através de um cilindro de pressão.
Já na impressão offset, o suporte recebe a imagem de uma borracha intermediária (cauchu ou blanqueta) entre o cilindro porta chapas e o cilindro contra pressão.

A impressora offset (plana) possui três cilindros que formam a unidade de impressão, sendo eles:

- Cilindro porta chapas
- Cilindro porta cauchu
- Cilindro contra pressão


O cilindro porta chapas é responsável pela acomodação da chapa (matriz / forma), sendo construído de aço ou ferro. O cilindro porta chapas possui um vão onde estão localizadas as pinças, que são responsáveis em "prender" a chapa no cilindro através dos lados que chamamos de pinça e contra-pinça.

O cilindro porta cauchu tem a função de fixar o cauchu, o cauchu é uma borracha que recebe a imagem entintada da chapa e passa essa imagem para o papel

Já o cilindro contra pressão é responsável em realizar a pressão necessária para a transferência da imagem do cauchu para o papel. Esse cilindro deve entrar em pressão quando a folha estiver passando entre o cauchu e o cilindro de pressão.
 


Evolução da Impressão Offset

Antes das impressoras offset serem "inventadas", pouco antes de 1900, havia-se tentado aumentar o rendimento da litografia com o emprego das impressoras chamadas "Roto-Diretas". Elas utilizavam zinco fixado em volta de um cilindro grande equipado com um sistema de tintagem e molhagem. Um pequeno cilindro margeava a folha, que entrava assim diretamente em contato com a chapa (impressão direta), com alimentação manual.
O rendimento de impressão atingia de 1.500 a 2.000 folhas por hora.
Impressora Offset de uma cor

No início de 1900 via-se em diversas revistas técnicas americanas, artigos publicitários de máquinas offset fabricadas por empresas tais como: HOE, WALTER SCOTT e HARRIS. Em outubro de 1910 a HARRIS já propunha cinco tipos de máquinas offset. A velocidade máxima garantida pelo fabricante era de 5.000 folhas por hora.
Nesse mesmo ano, os seis formatos fabricados por outra empresa (WALTER SCOTT) iam de 70 x 75 cm a 95 x 145 cm.
Para a época, 1910, parecia um sonho quando víamos a proposta de uma máquina offset imprimindo 5.000 folhas por hora. Isso mostra que a publicidade já aceitava muitas coisas nessa época.
Essas máquinas foram por muito tempo de difícil manejo, devido à falta de recursos, e principalmente pela instabilidade do seu funcionamento. Atualmente ainda existem máquinas fabricadas em 1920 que imprimem excelentes serviços. Isso prova que desde o início a parte mecânica da máquina era mais importante que os métodos de obtenção das chapas. Sendo que a partir da década de 1920, os métodos fotográficos permitiam uma maior regularidade no trabalho.

A evolução do processo foi sem dúvida muito rápida. Em todos os pontos do planeta estavam sendo realizados estudos para desenvolver máquinas cada vez mais rápidas e com melhor qualidade.
Com isso não demorou para surgirem máquinas fabulosas, que eram capazes de realizar a impressão de duas, quatro e até seis cores em uma única passagem da "folha" pela máquina, sendo posteriormente desenvolvidas máquinas de extração; são máquinas que tem o recurso para realizar a impressão na frente e no verso em uma única passagem pela máquina, como por exemplo: duas cores na frente e duas cores no verso, quatro cores na frente e uma cor no verso, ou ainda outras combinações.





Com a introdução da eletrônica e da informática a evolução das máquinas foi ainda mais espantosa, foram elaborados sistemas que possibilitam o controle da impressora através de computadores, sistemas que o operador pode realizar o controle da carga de tinta nos diferentes pontos da chapa conforme a necessidade, realizar o encaixe das cores, mudanças de pressão conforme a espessura do suporte, de formatos de entrada do suporte, limpeza do contra pressão e do cauchu, e muitos outros recursos através de simples toques nos teclados dos computadores (comando a distância).





Hoje em dia estão sendo realizados estudos para facilitar e melhorar a impressão, sendo que os principais estudos estão sendo voltados para o maior problema da impressão offset, o equilíbrio entre água e tinta.

Muitas chapas, tintas e dispositivos de máquina já foram elaboradas para facilitar esse equilíbrio, mas já existem impressoras offset que não requer água para realizar a impressão (water less) porém este sistema ainda não é muito utilizado. No sistema "water less", o que possibilita a impressão sem água é a chapa, que possui uma camada superficial de silicone e uma base "de alumínio", sendo a imagem gravada através de raio "laser" ou através de exposição convencional, sendo o silicone perfurando até a base de alumínio após a exposição, formando minúsculos orifícios (alvéolos). Sendo o cilicone lipófobo (repele corpos gordurosos) e a base de alumínio lipófila (atrai corpos gordurosos) a tinta "pegara" apenas nas áreas perfuradas (imagem). A impressora tem que manter uma temperatura baixa e constante para não "derreter" o cilicone que é sensível ao calor. (ver water less)
Existem também outros sistemas de impressão offset "water less" além do mencionado acima, e outros estão sendo desenvolvidos por todo o mundo.
A evolução não foi apenas em impressoras planas, foi também em impressoras rotativas (que utilizam bobinas), sendo que existem impressoras rotativas fabulosas, com altíssima tecnologia.


Componentes básicos de impressoras offset plana:

Os componentes (partes) principais de uma impressora offset são: mesa de alimentação, mesa de margeação, grupo impressor, mesa de recepção.
Sistema de alimentação

É responsável em conter as folhas (suportes) a serem impressas, sendo que quando acionada retira uma folha de cada vez e de forma constante da "pilha" de suporte que foi previamente formada.
É composta basicamente por bombas de ar (que realizam através de sopros o desfolhamento do suporte, e através de sucção promove a retirada do suporte da pilha, mandando-o para a mesa de margeação), de aparadores frontais e laterais para manter o suporte sempre alinhado, além de palhetas e escovas para auxiliar no desfolhamento.






Mesa de Margeação
É responsável em margear as folhas a serem impressas, ou seja, fazer com que todas as folhas entrem exatamente na mesma posição no grupo impressor para não ter variação no encaixe das cores e nem variação na hora do corte no acabamento.
É composta basicamente por roldanas e cadarços (guias) , que conduzem o suporte até o esquadro frontal, onde o mesmo será margeado frontalmente, e por um esquadro lateral que realizará a margeação no sentido lateral.




Grupo Impressor
É o coração da impressora, o local onde ocorrerá a transferência da imagem para o suporte (impressão), é um conjunto muito complexo com inúmeras regulagens, possui uma precisão incrível.
Existem diferenças entre cada fabricante, mas é composto basicamente por cilindro porta-chapas, cilindro porta-cauchu e cilindro contra-pressão. Além do sistema de molhagem, que é responsável em umedecer a chapa nas áreas sem imagem (contra-grafismo) para que essas áreas não recebam tinta, e do sistema de tintagem, que é responsável em entintar as áreas de grafismo (lembrando que essas áreas não aceitam água).




 
Sistema de Recepção
É responsável em receber e manter alinhado o suporte após passar pelo grupo impressor.
É composto basicamente por guias e correntes que recebem o suporte das pinças do contra-pressão e transportam até a mesa de recepção, onde o suporte é alinhado por aparadores frontais e laterais.





http://www.fernandocaparroz.hpg.ig.com.br/offset/impressaooffsetoficial.htm

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Imprimindo cartões de Natal

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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A Serigrafia popularmente chamada de Silk-screen !

Serigrafia ou silk-screen é um processo de impressão no qual a tinta é vazada, pela pressão de um rodo, através de uma tela preparada, normalmente de seda ou nailon. A tela é esticada em um bastidor de madeira ou aço.

O processo pode ser utilizado para impressão em variados tipos de materiais (papel, plástico, borracha, madeira, vidro, tecido, etc.), superfícies (cilíndrica, esférica, irregular, clara, escura, opaca, brilhante, etc.), espessuras ou tamanhos, com diversos tipos de tintas ou cores.

Também pode ser feita de forma mecânica (por pessoas) ou automática (por máquinas).Muitas aplicações industriais são viabilizadas pelo uso do processo de serigrafia. Com o desenvolvimento de equipamentos e suprimentos serigráficos, além da utilização do computador, atualmente é possível obter impressões com grande fidelidade em relação à matriz.
fonte:WIKIPEDIA

tela ainda sem uso      colocando a tinta     imprimindo

acabada a impressao     o resultado final
Flickr cicciostoky


Serigrafia Artistica

Na tradição artística Ocidental a obra gráfica original pode encontrar-se, de forma rica e expressiva, em autores como Albrecht Dürer, Goya, Rembrandt e em alguns notáveis contemporâneos, tais como Matisse, Picasso, Dali, Miró e Tápies...

Cada um destes criadores, a seu tempo, utilizou técnicas várias, que hoje englobamos na esfera conceptual de obra gráfica: várias modalidades de gravura, litografia e, para os autores mais actuais, a serigrafia.
A realização das obras implica não apenas a intervenção directa do autor em várias fases de processo criativo como ainda o controlo qualitativo dos exemplares e sua autenticação final, por forma a garantir tanto a autoria como o carácter restrito e irrepetível das edições.

Deste modo, cada exemplar será assinado e numerado segundo uma ordem progressiva que irá de 1 até ao número total da tiragem (1/150, 2/150, ......150/150).

No procedimento comum de numeração a expressão 7/200, por exemplo, indicará que o exemplar respectivo é o sétimo de uma tiragem limite de 200.

Convém notar que esta sequência numérica não significa qualquer diferença de valor ou de ordem de tiragem.

fonte: www.cps.pt

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Tampografia



É um processo de impressão por transferência indirecta de tinta, a partir de um cliché gravado em baixo relevo com o motivo a ser impresso, por um tampão (almofada) de silicone.

Oferece a maior definição e precisão em traços de linhas finas, o que faz com que seja um processo muito versátil e utilizado para imprimir em superfícies cilíndricas, curvas ou planas, regulares ou irregulares.
 
Aplicações típicas incluem brinquedos, relógios, aparelhos electrónicos, electrodomésticos, vidrarias, brindes e outros.

A Tampografia foi inventada no século XIX, pela corte inglesa. Com um sistema rudimentar de tampões em gelatina, para decorar as vasilhas da Rainha Vitória. Nos anos de 1950, se desenvolveu ao nível industrial, inicialmente com a decoração de relógios de pulsos suíços.

Basicamente é um sistema de impressão que permite transferir figuras, palavras, desenhos, fotografias, etc. desde um baixo-relevo a uma superfície que pode ser bem plana ou bem irregular, como uma casca de noz, por exemplo.

Pelo processo tampográfico é possível imprimir em qualquer superfície e material.


Sistema de tinteiro aberto:
                                     
A máquina trabalha com uma espátula que empurra a tinta para o cliché e quando retorna, raspa o excesso de tinta com uma lâmina, deixando apenas a tinta necessária à impressão nas áreas de baixo relevo do cliché.

Depois desta passagem, o tampão de silicone desce até ao cliché, retirando a tinta e transferindo-a para a peça.
 


Sistema de tinteiro fechado:
  
Neste sistema as lâminas são substituídas por um reservatório de formato cilíndrico, onde é colocada a tinta. Esse reservatório encontra-se sobre o cliché.

O trabalho de raspagem é feito pela própria borda do reservatório que é fabricada em cerâmica, dando-lhe resistência e durabilidade.

Após esta passagem, como no sistema aberto, a tinta que ficou nas áreas de baixo relevo do cliché é transferida através do tampão de silicone para a peça.
 



Qual a diferença entre serigrafia e tampografia?

Basicamente são sistemas de impressão que se complementam muito bem. A tampografia é muito utilizada actualmente para imprimir superfícies irregulares, onde seria difícil imprimir em serigrafia.

Para a impressão de grandes áreas, é mais recomendada a serigrafia, assim como para fundos que necessitam de grande cobertura de tinta.



Quais as vantagens na tampografia?
 
1) Altíssima qualidade de impressão em grafismos e traços finos,
 
2) Possibilita impressões em superfícies irregulares, côncavas, convexas e em degraus;
 
3) Processo de impressão contínua, sem necessidade de constantes paragens para acerto na qualidade de impressão, permitindo uma elevada produção horária;

4) Índice mínimo de rejeição de peças, e com possível recuperação, ocasionando economia de material e ganho de produção;
 
5) Número extremamente elevado de impressões com o mesmo cliché, e possibilidade de impressão até 4 cores na mesma máquina.
 


Onde aplicar a impressão tampográfica?
 
A impressão TAMPOGRÁFICA pode ser realizada em peças compostas de termoplásticos, metais, vidros, madeiras, couro etc. Sendo utilizada na Indústria eléctrica, electrónica, brinquedos, brindes em geral, embalagens, utensílios domésticos, peças técnicas (escala métrica, termómetro, instrumentos de medição, etc.), na indústria automobilística, óptica, calçados, enfeites, relógios e outros.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Testando uma impressora offset


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Escrito por Antônio Paulo Rodrigues Fernandez   
  
Saiba quais são os testes que podem ajudá-lo a melhor avaliar uma impressora offset usada, no momento da aquisição.

Figura 1
No momento da compra de uma impressora usada, o gráfico precisa contar com algum método para checar se o equipamento se encontra em bom estado de conservação. Um teste de impressão não pode ser fei­to com qualquer tipo de imagem. Para que even­tuais problemas possam ser evi­den­cia­dos, é indispensável que o teste seja fei­to com uma imagem adequada a esse tipo de diag­nós­ti­co, caso contrário de­fei­tos mecânicos podem ser “disfarçados”, mesmo que sem a intenção do vendedor. É importante lembrar que os testes descritos neste artigo não oferecem garantia absoluta de que o equipamento está nas melhores condições.
A impressão de um teste não dispensa a análise dir
Figura 2
eta, mi­nu­cio­sa, de um mecânico ex­pe­rien­te em máquinas gráficas. Esse pro­fis­sio­nal deve ins­pe­cio­nar detalhadamente engrenagens, man­cais e ei­xos, analisando folgas, desgastes, trincas etc. Deve também verificar a superfície de cada um dos cilindros impressores bem como os ­anéis ­guias, quando for o caso. O mecânico deverá, também, checar os rolamentos dos sistemas de tintagem e molhagem, bem como os diâ­me­tros e dureza dos rolos, sempre tomando como referência as especificações do fabricante da máquina. Também devem ser verificados os sistemas de alimentação, mar­gea­ção e saí­da.

A seguir, descrevemos testes simples e o que pode ser verificado em cada caso. Chapado seco
A simples impressão de um chapado pode revelar manchas localizadas. Se forem cau­sa­das por blanqueta ou calços amassados (figura 1), a solução é simples. No entanto, se após a subs­ti­tui­ção desses itens as manchas persistirem (figura 2), pode se tratar do cilindro impressor ou do porta-​blanqueta amassado e mal res­tau­ra­do.

O chapado seco também au­xi­lia a verificar a dis­tri­bui­ção de tinta na direção pinça/contrapinça. Toda impressora apresenta um pou­co de irregularidade de ti
Figura 3
ntagem. A análise do teste, vi­sual e com o au­xí­lio de um densitômetro, permite ao impressor identificar onde há mais e menos tinta em função da condição mecânica do equipamento. Se a diferença for exagerada, o teste pode revelar um de­fei­to da máquina não acei­tá­vel (figura 3).

Área contínua a 75%. Trata-​se da impressão da área total, com uma retícula uniforme, de 75%, ponto quadrado, com uma li­nea­tu­ra entre 150 lpi e 200 lpi (figura 4). Esse tipo de imagem é mui­to sensível a qualquer tipo de irregularidade mecânica. A análise vi­sual desse teste pode revelar:
  • Irregularidade nos calços (calços amassados)
  • Desgastes ou falha de usinagem na superfície dos cilindros impressores
    Figura 4
  • Desgaste ou falhas de con­ti­nui­da­de nos ­anéis ­guias
  • Irregularidades na borracha dos rolos de tinta ou de molha (excentricidade, convexidade, concavidades e va­ria­ção de dureza).
  • Irregularidades nos ei­xos e batentes de ­apoio dos rolos de molha e tintagem (torção, formação de curva, trepidação e engripamento de rolamentos)
  • Falta ou excesso de folga entre as rodas dentadas, dentes ava­ria­dos
  • Im­per­fei­ções em ei­xos, man­cais e rolamentos
  • Problemas no transporte das folhas
Figura 5
A figura 5 mostra manchas conhecidas como “marcas de per­sia­na”, que podem de­nun­ciar pou­ca folga entre os dentes das engrenagens. Esse problema mecânico pode ser cau­sa­do pelo desgaste excessivo dos ­anéis ­guias. Outra cau­sa frequente das “marcas de per­sia­na” pode ser vibrações nas engrenagens, resultado de excesso de pressão ou do uso de menos calços na blanqueta do que o recomendado.

Figura 6
Pode ocorrer de um dos rolos tintadores estar marcado ou desregulado de tal forma que durante o processo de impressão o mesmo bate na borda do fim do vão do cilindro portachapas, cau­san­do manchas de impressão, as ­quais tendem a mudar li­gei­ra­men­te de posição a cada giro do cilindro (figura 6).
Duplagem dos pontos pode transformar a área de 75% num chapado (figura 7). Lembramos, no entanto, que duplagem é diferente do ganho de ponto cau­sa­do por excesso de tinta ou de pressão. A análise com um conta-​fios permite ao impressor di­fe­ren­ciar os dois fenômenos.
Figura 7
Grafismo fantasma
Permite verificar:
  • Falhas na inter-​relação dos sistemas de molhagem e tintagem
  • Regulagens de pressão dos rolos de tintagem e molhagem
  • Even­tuais falhas de dis­tri­bui­ção de tinta
  • Capacidade do equipamento de eliminar manchas de impressão
A figura 8 ilustra o “grafismo fantasma” impresso em condições ­ideais.
Falhas de regulagem do sistema de molhagem ou tintagem; rolos com diâ­me­tros in­fe­rio­res ao especificado pelo fabricante ou, ain­da, rolos com dureza fora do padrão podem cau­sar manchas na re­gião do “grafismo fantasma”, como mostra a figura 9.

Figura 9
Figura 8





Milimetrado
Possibilita verificar a condição de registro entre unidades de impressão. Numa impressora monocolor pode-​se observar o esquadrejamento das folhas durante a impressão (figura 10).
Falhas no transporte das folhas entre as unidades podem provocar problemas de registro e duplagem. As linhas do milimetrado que de­ve­riam, em condições ­ideais, se sobreporem per­fei­ta­men­te nas duas unidades, se apresentarão como mostrado na figura 11. O papel a ser usado nos testes descritos aqui devem ser, de preferência, o cou­ché brilho de 90 g/m² a 120 g/m². As melhores cores para impressão: cyan para o chapado seco, preto para a área de 75%, e magenta para o “grafismo fantasma”. Já no teste com milimetrado deve-​se usar tintas diferentes em cada unidade impressora.
Figura 11

Figura 10







O engenheiro Antonio Paulo Rodrigues Fernandez é técnico de Ensino da Escola Senai Theobaldo De Nigris.

domingo, 2 de outubro de 2011

Como funciona a impressão offset (continuação)

Acabamento

O acabamento é onde o produto impresso é finalizado. Os enormes rolos de papel, agora impressos, são cortados e agrupados na ordem correta das páginas para serem unidos com grampos ou cola. No caso da How Stuff Works Express, uma máquina chamada de "grampeador" agrupa os papéis impressos e dobrados (os cadernos de impressão) e os mantém assim para que os grampos sejam inseridos.



O "grampeador" agrupa, monta e grampeia as revistas antes delas serem mandadas para o acabamento final. Essa linha de montagem de 14 unidades pode processar até 9 mil livros por hora!

Os componentes finais de uma máquina grampeadora são as facas, que cortam o papel deixando-o no tamanho final de entrega. O produto então está pronto para ser enviado ao destino final.

sábado, 1 de outubro de 2011

Como funciona a impressão offset

O processo criativo

Toda impressão começa com o processo criativo. Escritores, editores, designers gráficos e artistas são o primeiro passo na criação de revistas, jornais, folders, flyers, catálogos e outros materiais impressos. A equipe criativa da How Stuff Works Express inicia o trabalho meses antes da data de publicação de cada edição. Os tópicos dos artigos são definidos e os escritores designados. Regras específicas sobre o tamanho dos textos e a aposta em recursos gráficos mantêm os artigos curtos, informativos e interessantes. Os editores ajudam a manter o foco e o processo em constante avanço.
Uma vez desenvolvido o texto, as figuras são criadas. Praticamente todas as ilustrações são desenvolvidas exclusivamente para a How Stuff Works Express. Muitas teleconferências entre o autor, o ilustrador e o diretor de criação conduzem o trabalho do desenho conceitual à arte final.


Desenho conceitual de uma máquina do tempo a lápis


Desenho final colorido
Quando um artigo é escrito, arte-finalizado e aprovado, cada parte é enviada eletronicamente para o diretor de criação, que desenvolverá o layout. Ele determinará em que página uma história irá aparecer, onde a arte ficará em relação ao texto e, em algumas publicações, onde ficará a publicidade. Freqüentemente, existem decisões difíceis a serem tomadas sobre a melhor maneira de encaixar o texto e as ilustrações em um espaço tão limitado. Como na criação de um filme, parte do material acaba sendo inutilizada.

Por fim, após o layout de cada página ter sido finalizado, editado e revisado, um arquivo digital do documento inteiro é criado para ser enviado à gráfica. Para isso, normalmente grava-se um CD, mas também podem ser usados arquivos Zip, ou File Transfer Protocol (FTP - Protocolo de Transferência de Arquivos). 



Capa da How Stuff Works Express em arquivo digital para a gráfica

O processo de impressão

São nove os mais importantes processos de impressão: litografia offset, gravura, termografiareprografia, impressão digital, impressão tipográfica, tela, flexografia e rotogravura. Praticamente todas as gráficas comerciais utilizam a litografia offset, mas a qualidade final do produto deve-se normalmente ao direcionamento, experiência e equipamento que a gráfica possui.
A litografia offset é baseada no princípio de que tinta e água não se misturam. As imagens (palavras e ilustrações) são colocadas em chapas (veja a próxima seção para saber mais) que são umedecidas em água e depois em tinta. A tinta adere à área da imagem e a água à área sem imagem. A imagem é então transferida a uma placa de borracha e dela para um papel. Por isso, esse processo é chamado "offset" (fora de lugar), uma vez que a imagem não passa direto da chapa para o papel como acontece na impressão de gravura.

Produção de pré-impressão

Antes de poder ser impresso, o documento deve ser convertido em filmes e chapas. No caso da How Stuff Works Express, os filmes negativos são criados a partir de arquivos digitais. As imagens dos negativos são transferidas para chapas de impressão de uma maneira muito semelhante a qual as fotos são reveladas: permite-se que uma quantidade específica de luz passe pelos negativos para expor a chapa que, exposta à luz, sofre uma reação química que faz com que uma camada que aceita tinta seja ativada. Isso resulta na transferência da imagem do negativo para a chapa.

Os negativos com cor são colocados lado a lado para cada página


Uma cópia em tinta azul é criada a partir dos negativos lado a lado e  utilizada para verificar a posição da imagem antes da impressão
Há vários tipos de materiais que podem ser usados como chapas, como por exemplo o papel, que resulta em um produto de qualidade inferior, e o alumínio, que é o melhor, porém o mais caro.
Cada cor possui uma chapa individual. Mesmo que várias cores estejam presentes no produto finalizado, apenas o preto, o azul, o vermelho e o amarelo cores são utilizados. Esse processo também pode ser chamado de "processo de impressão de quatro cores", algo parecido com o processo de três cores utilizado na televisão.


O olho humano combina quatro pontos de cores individuais em uma única cor



A impressão

O processo de impressão usado para imprimir a How Stuff Works Express é chamado de litografia offset rotativa. O papel é alimentado pela prensa à medida que é puxado de um rolo em um fluxo contínuo. Cada rolo chega a pesar 1 tonelada. O papel é cortado no tamanho correto após a impressão. A litografia offset também pode ser feita com papel já cortado em prensas alimentadas por folhas soltas. Prensas rotativas imprimem em velocidades muito altas e utilizam folhas de papel de tamanho grande. A velocidade das prensas chega a atingir 50.000 impressões por hora. Uma impressão equivale a uma folha de prensa inteira (96,52 cm x 41,91 cm), o que representa 12 páginas da How Stuff Works Express.


Sistema de alimentação de papel da prensa rotativa mostrando o rolo duplo, momentos antes da união do rolo menor (embaixo) com o rolo maior. Cada rolo pesa aproximadamente 1 tonelada e é suficiente para gerar 9 mil impressões (72 mil páginas impressas).
Mesmo que um rolo de papel de 1 tonelada acabe, a prensa não pára de girar. Os rolos podem ser unidos enquanto a prensa está ligada através de festoons. Festoons são uma série de cilindros que se estendem ao longo de uma torre. Momentos antes da junção de dois rolos, os festoons sobem na torre, puxando grandes quantidades de papel. No momento em que a junção ocorre, os rolos de papel param de girar por uma fração de segundo, que é quando os rolos são presos um ao outro automaticamente. À medida que o novo rolo ganha velocidade, os festoons começam a sair da torre a uma taxa pré-determinada pela velocidade na qual a prensa está operando.


Festoons são uma série de cilindros usados para ajustar a tensão antes e depois da junção de um rolo de papel pequeno e rápido com um rolo grande
A prensa tem de manter um balanço constante entre a força requerida para avançar o papel e a quantidade de contra pressão (resistência), que permite que o papel se mantenha firme e plano enquanto passa pelo equipamento.
O processo de tintagemTinta e água não se misturam: esse é o princípio fundamental da litografia offset. A tinta é distribuída nas chapas por uma série de cilindros. Na prensa, as chapas são umedecidas por cilindros de água e então por cilindros de tinta. Os cilindros distribuem a tinta da fonte respectiva para as chapas.
A área da chapa com imagem recebe a tinta dos cilindros de tinta. Os cilindros de água mantêm a tinta fora das áreas da chapa sem imagem. Cada chapa então transfere sua imagem para uma placa de borracha que, por sua vez, transfere a imagem para o papel. A chapa em si não chega a tocar o papel, daí o termo litografia "offset" (fora de lugar). Tudo isso ocorre a uma velocidade extremamente alta.


Close dos cilindros. A série superior de cilindros transfere a tinta amarela para a placa de borracha (o último embaixo) e dela para o papel que passa horizontalmente sob a placa.
O papel fica ligeiramente molhado devido a toda tinta e água aplicadas. Evidentemente, existe um risco da impressão ficar borrada, o que é evitado pela passagem do papel em um forno a gás cuja temperatura interna fica entre 170º e 200ºC.


O papel é rodado em um forno a aproximadamente 190º C. Isso seca a tinta de forma que ela não possa borrar.
Imediatamente após deixar o forno, o papel passa por uma pequena série de grandes cilindros metálicos pelos quais flui internamente água refrigerada. Esses cilindros de resfriamento esfriam o papel instantaneamente e fixam a tinta no papel. Se isso não fosse feito, a tinta sairia facilmente.
Controle de cor e registroO controle de cor e registro é um processo auxiliado pelo uso de computadores. O registro é o alinhamento das chapas de impressão à medida que elas aplicam suas respectivas porções de cor na imagem que está sendo impressa. Se as chapas não estiverem alinhadas perfeitamente a imagem aparecerá fora de foco e a cor ficará errada. Um computador analisa uma imagem de vídeo da marca de registro que foi colocada na folha de impressão. Cada chapa possui sua própria marca. O computador lê cada uma dessas marcas e faz os ajustes de posição de cada chapa, de forma a atingir um perfeito alinhamento. Tudo isso ocorre várias vezes por segundo, enquanto a prensa está rodando no máximo da sua velocidade.


O RCS (Register Control System - Sistema de Controle do Registro) fornece ajustes constantes à prensa. O computador funciona com uma luz estroboscópica e uma câmera de vídeo para processar as informações de registro de cor constantemente. Ajustes incrivelmente pequenos, medidos em milésimos de centímetro, são feitos aos cilindros de cor para garantido o registro correto.
Controle de cor é um processo que envolve a maneira na qual as tintas são misturadas e fixadas ao registro da chapa. A quantidade de tinta que é liberada em uma unidade depende de quanta tinta é necessária para alcançar uma determinada cor. A tinta é ajustada pelo painel de controle, que é parte do console de controle geral. Antes de serem colocadas na prensa, as chapas são escaneadas e os dados são transferidos para um microcassete, que gerencia a liberação de tinta de acordo com valores pré-estabelecidos.


A prensa offset rotativa que imprime a How Stuff Works Express  tem 35 metros de comprimento e pesa 227 toneladas - mais que 150 caminhonetes Camry da Toyota! O processo se inicia com um enorme rolo de papel que é alimentado através de quatro grupos de cilindros. Cada cilindro adiciona uma cor específica, começando com preto e continuando com ciano (azul), magenta (vermelho) e, por fim, o amarelo.


A prensa pode rodar a uma velocidade de até 50 mil impressões por hora


A qualidade da impresão é verificada com freqüência pelo operador de prensa