Escrito por Antônio Paulo Rodrigues Fernandez | |
Saiba quais são os testes que podem ajudá-lo a melhor avaliar uma impressora offset usada, no momento da aquisição. No momento da compra de uma impressora usada, o gráfico precisa contar com algum método para checar se o equipamento se encontra em bom estado de conservação. Um teste de impressão não pode ser feito com qualquer tipo de imagem. Para que eventuais problemas possam ser evidenciados, é indispensável que o teste seja feito com uma imagem adequada a esse tipo de diagnóstico, caso contrário defeitos mecânicos podem ser “disfarçados”, mesmo que sem a intenção do vendedor. É importante lembrar que os testes descritos neste artigo não oferecem garantia absoluta de que o equipamento está nas melhores condições. A impressão de um teste não dispensa a análise dir eta, minuciosa, de um mecânico experiente em máquinas gráficas. Esse profissional deve inspecionar detalhadamente engrenagens, mancais e eixos, analisando folgas, desgastes, trincas etc. Deve também verificar a superfície de cada um dos cilindros impressores bem como os anéis guias, quando for o caso. O mecânico deverá, também, checar os rolamentos dos sistemas de tintagem e molhagem, bem como os diâmetros e dureza dos rolos, sempre tomando como referência as especificações do fabricante da máquina. Também devem ser verificados os sistemas de alimentação, margeação e saída. A seguir, descrevemos testes simples e o que pode ser verificado em cada caso. Chapado seco A simples impressão de um chapado pode revelar manchas localizadas. Se forem causadas por blanqueta ou calços amassados (figura 1), a solução é simples. No entanto, se após a substituição desses itens as manchas persistirem (figura 2), pode se tratar do cilindro impressor ou do porta-blanqueta amassado e mal restaurado. O chapado seco também auxilia a verificar a distribuição de tinta na direção pinça/contrapinça. Toda impressora apresenta um pouco de irregularidade de ti ntagem. A análise do teste, visual e com o auxílio de um densitômetro, permite ao impressor identificar onde há mais e menos tinta em função da condição mecânica do equipamento. Se a diferença for exagerada, o teste pode revelar um defeito da máquina não aceitável (figura 3). Área contínua a 75%. Trata-se da impressão da área total, com uma retícula uniforme, de 75%, ponto quadrado, com uma lineatura entre 150 lpi e 200 lpi (figura 4). Esse tipo de imagem é muito sensível a qualquer tipo de irregularidade mecânica. A análise visual desse teste pode revelar:
Pode ocorrer de um dos rolos tintadores estar marcado ou desregulado de tal forma que durante o processo de impressão o mesmo bate na borda do fim do vão do cilindro portachapas, causando manchas de impressão, as quais tendem a mudar ligeiramente de posição a cada giro do cilindro (figura 6). Duplagem dos pontos pode transformar a área de 75% num chapado (figura 7). Lembramos, no entanto, que duplagem é diferente do ganho de ponto causado por excesso de tinta ou de pressão. A análise com um conta-fios permite ao impressor diferenciar os dois fenômenos. Grafismo fantasma Permite verificar:
Falhas de regulagem do sistema de molhagem ou tintagem; rolos com diâmetros inferiores ao especificado pelo fabricante ou, ainda, rolos com dureza fora do padrão podem causar manchas na região do “grafismo fantasma”, como mostra a figura 9. Milimetrado Possibilita verificar a condição de registro entre unidades de impressão. Numa impressora monocolor pode-se observar o esquadrejamento das folhas durante a impressão (figura 10). Falhas no transporte das folhas entre as unidades podem provocar problemas de registro e duplagem. As linhas do milimetrado que deveriam, em condições ideais, se sobreporem perfeitamente nas duas unidades, se apresentarão como mostrado na figura 11. O papel a ser usado nos testes descritos aqui devem ser, de preferência, o couché brilho de 90 g/m² a 120 g/m². As melhores cores para impressão: cyan para o chapado seco, preto para a área de 75%, e magenta para o “grafismo fantasma”. Já no teste com milimetrado deve-se usar tintas diferentes em cada unidade impressora. O engenheiro Antonio Paulo Rodrigues Fernandez é técnico de Ensino da Escola Senai Theobaldo De Nigris. |
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Testando uma impressora offset
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